sábado, 3 de setembro de 2011

P - A - U - S - A

Tecle pause.
P - A - U - S - A.
Geralmente só percebemos o turbilhão em que vivemos quando somos forçados a parar. Essa semana fui submetida a um procedimento cirúrgico e voltei para casa na quarta. Por conta disso, tive que parar por uns dias.


Embora tenha sido uma cirurgia programada, e por consequência, estava ciente do tempo que eu ficaria em casa, a minha cabeça só veio desacelerar quatro dias depois.


Quem me chamou a atenção foi minha irmã, ao acompanhar meu retorno para casa e observar que eu estava "histérica", querendo controlar tudo e resolver todas as questiúnculas inúmeras.
Na hora recebi como uma crítica negativa, mas três dias depois meu corpo gritou e relaxei verdadeiramente. Foi então que percebi o quanto ela estava certa. E eu, cega querendo salvar o mundo!


Trabalho, engarrafamento, agenda apertada por afazeres cotidianos, realmente tem coisas que não podemos delegar. E por conta disso não temos tempo para viver o principal.


É dessa forma que não dizemos a quem amamos o quanto o amamos, não temos tempo para cultivar nossas plantas, despendemos quase nenhum tempo às boas amizades, não olhamos muito para as estrelas e para a lua.


Quase tudo perde a poesia. O relacionamento fica sem "emoção", a comida "sem tempero" e o dia a dia "sem graça". E nós, roboticamente desempenhando tudo que nos atribuímos. Temos que arrumar um jeito de teclar "pause", já que ninguém vai esperar por uma licença médica para isso.


Foi aí que resolvi fazer algo de que gosto: cozinhar. Também tenho acompanhado com mais disponibilidade as tarefinhas escolares de minha filha caçula e estou mais paciente com meu adolescente e com meu esposo.


Desacelerar realmente tem me feito muito bem. Já estou pensando numa maneira de teclar "pause" quando voltar ao olho do furacão. Aceito sugestões. E aproveito para postar em seguida as fotos de minha produção culinária.
Bolo de Cenoura com cobertura de chocolate


Bolo de Abacaxi

Torta de Atum

Fricassé de Frango

5 comentários:

  1. Creusa, eu sabia que esse período longe da agitação te faria bem. E, é claro, isso refletiria em atualização no blog. Adorei a postagem, foi pontual, uma chamada necessária. Agora, eu gostaria mesmo era de comer esse fricassé e essa torta de atum...hummmmmm, acho que estava uma delícia...kkkkkkk. Beijos e boa recuperação

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  2. Lídice, esse meu lado cozinheira reprimida está mesmo tomando conta. O fricassé realmente ficou bom. A prova cabal é que foi feito ao meio-dia e às 20:00 não tinha mais nada.
    Agora estou precisando de uma dica de leitura. Caso vc tenha, me fala, viu? Bjo grande pra vc.

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  3. Bem, se me é permtido opinar, suas habilidades culináreas parecem estar bem desenvolvidas...
    Quase dá prá sentir o aroma!
    Bjão.
    Asc.

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  4. Obrigada, Asc. Modéstia à parte, minha comida é boa mesmo (quando não desunera, não queima ou não fica crua, kkk).

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