sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ 2012!

Tentei não entrar no ritmo frenético do mês de dezembro, mas não consegui. Gostaria de ter postado tantas coisas boas por aqui, mas não tive tempo. Apresentações que fui, o espetáculo de dança do qual participei, o espetáculo de dança da Academia Maysa - do qual minha filha participou -, o circo que fui, tantas pautas sobre cultura... Sem se falar nos textos reflexivos, nas crônicas, mas as idéias não tiveram oportunidade de se materializar em texto.

Pensando bem, não foi tão ruim assim, pois dezembro foi um mês intenso. Mas hoje não poderia passar em branco. É o último dia do ano.  Momento de reflexões e organização de novos projetos (interiores e exteriores). Ainda não consegui terminar meu livro "Comer Amar Rezar", ficarão algumas folhinhas para 2012. Tudo bem, a continuidade também é algo importante.

E já que tudo é contínuo e simbólico, continuarei postando as memórias de 2011 durante 2012. Aos amigos leitores, um 2012 de continuidade e rompimentos. Romper com o que não nos serve mais e dar continuidade aos bons hábitos e às boas amizades, que tanto nos fazem bem.
Feliz 2012! Que ele venha e nos encontre abertos às boas oportunidades!

domingo, 6 de novembro de 2011

Alma Gêmea. Ou sobre Comer, Rezar e Amar, parte 1

Há alguns dias, debati com amigas sobre a existência da "alma gêmea", e se ela existia, o que realmente seria. Como romântica que sou, acredito em sua existência e que seja um raro encontro permitido a poucos nesse planeta.


 Nada tão açucarado, mas um encontro de pessoas que naturalmente partilhem de um mesmo projeto de vida e se completem com sabedoria e cumplicidade.


Outra pessoa falou que isso era uma idealização romântica e que, na visão espírita, não existe a alma gêmea. Existem afinidades que se podem ter com várias pessoas e em vários aspectos. Aí brinquei, defendendo que apesar de acreditar nessa espécie de encontro, a teoria dela me parecia bem mais interessante...


Hoje, apesar de outros temas pendentes para escrever por aqui, cito trecho que, por coincidência, li em meu livro do momento: Comer, Rezar e Amar, de Elizabeth Gilbert.


O que é o olhar e por quantas lentes podemos enxergar essa vida...
Segue: "As pessoas acham que alma gêmea é o encaixe perfeito, e é isso que todo mundo quer. Mas a verdadeira alma gêmea é um espelho, a pessoa que mostra tudo que está prendendo você, a pessoa que chama a sua atenção para você mesmo para que você possa mudar a sua vida. Uma verdadeira alma gêmea é provavelmente a pessoa mais importante que você vai conhecer; porque elas derrubam as sua paredes e te acordam com um tapa. Mas viver com uma alma gêmea para sempre? Não. Dói demais. As almas gêmeas só entram na sua vida para revelar a você uma outra camada de você mesmo, e depois vão embora."

E você, já encontrou, de um jeito ou de outro, a sua?

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Viva o nosso DIA!

Quem nunca preparou uma poção que atire a primeira vassoura! Nem que seja um chazinho para indisposição, insônia, dor de barriga e outras mazelas mais. Quebra pedra, erva doce, capim santo, lambedor, erva cidreira, olho da goiabeira, folhas de pitangueira, quixaba, hortelã da folha miúda, mastruço, e outras ervas do gênero.


Quem nunca se achou mais bonita e atraente na lua cheia que entorte o seu nariz!


Quem nunca perguntou ao seu espelho se existe alguém mais bela, que o espatife!


Quem nunca rogou uma praga, nem que seja de um incômodo gástrico, que crie verrugas no rosto!


Quem nunca cogitou fazer uma poção mágica para "segurar" aquele gato, que se transforme em corvo!


E, por fim, quem nunca teve aquela intuição certeira, ao menos uma vez na vida, que continue cega pelo resto da vida!


 E é por esses e inúmeros outros motivos que Afrodite vem parabenizar a bruxa que existe em cada uma de nós. FELIZ DIA DAS BRUXAS, COLEGAS!

domingo, 30 de outubro de 2011

Papai Noel, não chegue tão cedo!

Não sei o que dá no universo, mas fim de ano é sempre a mesma coisa. O tempo corre da gente, as obrigações se multiplicam e a criatura, exausta.


E cada ano esse furdunço começa mais cedo. Final de setembro, quando fui a um mercado e vi enfeites de natal nas prateleiras, minha coluna arrepiou!


Faço o possível para escapar dessa frequência, mas como criatura normal que sou, tem coisas que não se podem renegar. Os compromissos, esses são indiscutíveis. Não curto muito o consumismo, mas quero presentear os queridos. E por aí vai.


Para incrementar o roteiro, vem uma flebite e me bota de molho. Era tudo que eu precisava final de ano. De pernas para cima uns dias. Mas já vou melhorando e o humor voltando ao normal. Não tenho do que reclamar e a saúde é realmente uma das riquezas da gente.


Por enquanto, o assunto daqui é o Halloween. E todos estamos empolgados com a fantasia de bruxa da minha filha e a festa da escola. Elaborar a roupa, pensar nos detalhes. Isso é ótimo! Pensando bem, o Natal não está tão perto assim. Curtamos as coisas dia a dia, sem esquecer a organização. ; )

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sobre feeling, Conexão e visão


Segue discurso de Steve Jobs, na Universidade de Stanford, 2005. Homenagem de Afrodite a esse espírito genial. Suas palavras dispensam maiores comentários.

Você tem que encontrar o que você ama
Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.
A primeira história é sobre ligar os pontos.
Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina.
Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: “Apareceu um garoto. Vocês o querem?” Eles disseram: “É claro.”
Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo.
Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok.
Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo.
Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.
Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.
Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.
De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.
Minha segunda história é sobre amor e perda.
Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos.
E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses.
Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício].
Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa.
A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple.
E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple.
Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.
Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz.
Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.
Minha terceira história é sobre morte.
Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último.” Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.
Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.
Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.
Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas.
Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas — que é o código dos médicos para “preparar para morrer”. Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.
Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.
Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá.
Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.
O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém.
Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas.
Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior.
E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.
Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid.
Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês.
Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras:
“Continue com fome, continue bobo.”
Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.
Obrigado.

sábado, 17 de setembro de 2011

Afrodite visita Chico


Após mobilizar polícia ambiental, bombeiros e veterinários, o macaco-prego Chico foi capturado na tarde dessa quinta feira, na rua do Sossego, em Recife. 

Provando que nunca é tarde para mudar de vida, Chico, no auge dos seus 17 anos, esteve na mídia nacional durante quatro dias e deu trabalheira para ser pego e retornar a sua moradia.

Afrodite aproveitou a manhã ensolarada desse sábado e foi visitar nosso herói, que mora no Parque 13 de Maio, em pleno centro da capital pernambucana. O Parque, inaugurado em 1939, é uma área de alguns hectares generosamente arborizados com palmeiras imperiais, mangueiras e demais espécies.

O local é bem cuidado e organizado. Frequentado por famílias, muitas crianças e casais românticos, que  namoram à sombra das frondosas árvores, o espaço merece ser divulgado como mais uma opção de passeio diurno da cidade.
Embora o objetivo fosse encontrar nosso amigo Chico, não teve como não nos impressionarmos com o deleite que o Parque proporciona. Antes da área do minizoológico, um lago com patos, gansos, iguanas e muitas tartarugas atrai a atenção de todos.


Após contornar o lago, grandes viveiros acomodam jandaias, tucanos, papagaios e ... macacos. E lá estão eles, mais ou menos uns oito dividindo a jaula e a atenção das pessoas. Um do grupo, talvez em sinal de protesto, jogou comida na camisa de um rapaz. Todos ao redor acharam engraçado, menos a "vítima", claro.
Chico mora em outro viveiro maior, na companhia de uma única macaca. E lá estava ele, menos agitado que os outros, de focinho arranhado pela captura, e andando de um lado para outro como à procura de uma nova brecha para o mundo da aventura.
Após as fotos e uma breve "conversa" com o macaco famoso, Afrodite seguiu para o outro lado do Parque, o espaço dos equipamentos infantis. Muitas crianças corriam, escorregavam e alegremente comemoravam sua liberdade pós clausura em apartamentos. Assim como fez o sábio Chico.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O macaco tá certo

Pernas pra quem te quero. Ou, no caso, patas pra quem te quero! Um primata vem ocupando o seu lugar ao sol nos últimos dias. Ao sol, às árvores e na mídia. Atende pela graça de Chico e sua façanha foi ter dado uma escapada de seu claustro e estar driblando, até o presente momento, os órgãos públicos como Bombeiros e Ibama.


Chico tem 17 anos e há muitos é morador do Parque Treze de Maio, no centro do Recife. Desde segunda feira ficou evidente que seu domicílio não foi escolha espontânea, pois na primeira oportunidade, danou-se mundo afora.

Pensando bem, está muito mais interessante pular de galho em galho nos oitizeiros da cidade, ser alimentado pelos bondosos moradores, e além de tudo, ter seus quinze minutos de fama, que já se estendem para quatro dias.

Os moradores da rua do Sossego não pensam muito diferente, pois Chico veio trazer animação à monotonia. Desde sua célebre chegada, descoberta por uma veterinária que estava à sua procura, a imprensa - escrita, ouvida e televisada - montou cobertura constante no bairro, para não perder uma peripécia da celebridade.


"Que gente esquisita", deve estar pensando ele, ao acompanhar o fusuê lá embaixo. "Agora virei mote para se questionar a capacidade de os governantes administrarem os imprevistos da cidade, do Estado e quiçá, do País". Macaquices à parte, a única saudade que Chico deve estar sentido é de sua parceira, que ficou a ver algodão doce no Parque. "Mas, pensando bem, ela demonstrou ser meio lentinha, pois bom mesmo é a minha liberdade!"; palavras de Chico. E o macaco está certo.  

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Prepare-se para encrenca! Encrenca em dobro!


Para proteger o mundo da devastação!
                          Para unir as pessoas de nossa nação!
Para denunciar os males da verdade e do amor!
Para estender o nosso poder às estrelas!
jessie! james! Equipe Rocket decolando na velocidade da luz!
Rendam-se agora ou preparem-se para lutar!
Meow eh isso aí!


No universo Anime Pokemon, ou Poket Monster, a equipe de vilões é mesmo quem rouba a cena. Ash Ketschum, o garoto treinador dos bichinhos, acompanhado de seus amigos fiéis Misty, May e Brock, não chegam aos pés dos impagáveis Jessie e James, em termos de, digamos, persistência.

Apesar de sempre se dar mal nos episódios, a Equipe Rocket, formada pela dupla, juntamente com o mala Meow, um Pokemon que acrescenta um mínimo de cérebro à equipe, não desiste de seus planos para capturar Pikachu e derrotar Ash e sua turma.

O grande segredo da Equipe Rocket possivelmente é a sua entrada triunfal nos episódios. Sabe, eles chegam assim "botando moral" e anunciando pretensiosamente: "Preparem-se para encrenca", e em seguida declamam o bordão acima.


Mesmo que em quase todas as vezes eles decolem na velocidade da luz (ao fim de cada episódio), dá gosto ver aquela dupla de cabelos vermelhos e roxos, ele com uma rosa vermelha entre os dentes, "se achando". É um tipo de empáfia desprovida de cérebro - que só existe pela presença do pokemon Meow.


Assisto a Pokemon desde o fim dos anos 90, quando meu filho mais velho era criança fanática pelo desenho. Hoje acompanho minha filha, que também não perde um episódio, agora transmitido diariamente pela RedeTV, a partir das 18 horas.

Os bichinhos são coloridos, interessantes com suas habilidades, e as histórias legaizinhas. O tempero vem com a dupla fashion e atrapalhada. Posso estar sem tempo para acompanhar as estórias do começo ao fim, mas corro mesmo para a frente da telinha quando ouço o jargão: "Prepare-se para encrenca! Encrenca em dobro!" Adoro!    
  

sábado, 3 de setembro de 2011

P - A - U - S - A

Tecle pause.
P - A - U - S - A.
Geralmente só percebemos o turbilhão em que vivemos quando somos forçados a parar. Essa semana fui submetida a um procedimento cirúrgico e voltei para casa na quarta. Por conta disso, tive que parar por uns dias.


Embora tenha sido uma cirurgia programada, e por consequência, estava ciente do tempo que eu ficaria em casa, a minha cabeça só veio desacelerar quatro dias depois.


Quem me chamou a atenção foi minha irmã, ao acompanhar meu retorno para casa e observar que eu estava "histérica", querendo controlar tudo e resolver todas as questiúnculas inúmeras.
Na hora recebi como uma crítica negativa, mas três dias depois meu corpo gritou e relaxei verdadeiramente. Foi então que percebi o quanto ela estava certa. E eu, cega querendo salvar o mundo!


Trabalho, engarrafamento, agenda apertada por afazeres cotidianos, realmente tem coisas que não podemos delegar. E por conta disso não temos tempo para viver o principal.


É dessa forma que não dizemos a quem amamos o quanto o amamos, não temos tempo para cultivar nossas plantas, despendemos quase nenhum tempo às boas amizades, não olhamos muito para as estrelas e para a lua.


Quase tudo perde a poesia. O relacionamento fica sem "emoção", a comida "sem tempero" e o dia a dia "sem graça". E nós, roboticamente desempenhando tudo que nos atribuímos. Temos que arrumar um jeito de teclar "pause", já que ninguém vai esperar por uma licença médica para isso.


Foi aí que resolvi fazer algo de que gosto: cozinhar. Também tenho acompanhado com mais disponibilidade as tarefinhas escolares de minha filha caçula e estou mais paciente com meu adolescente e com meu esposo.


Desacelerar realmente tem me feito muito bem. Já estou pensando numa maneira de teclar "pause" quando voltar ao olho do furacão. Aceito sugestões. E aproveito para postar em seguida as fotos de minha produção culinária.
Bolo de Cenoura com cobertura de chocolate


Bolo de Abacaxi

Torta de Atum

Fricassé de Frango

domingo, 21 de agosto de 2011

BANZO


Banzo. Palavra trazida pelos africanos e adotada por nós, povo brasileiro, sentimental por natureza. Sentimos banzo quando estamos longe de casa. Sentimos banzo em casa, da viagem que fizemos. Sentimos banzo do que poderia ter sido. Sentimos banzo quando um cheiro nos transporta a alguma época, ou a alguém.

Domingo à tarde tem cara de banzo. O horário anuncia o fim do fim de semana. Traz-nos melancolia. É como ouvir músicas românticas da década de 50. Muitos nem vivemos nessa época, mas sentimos uma doce saudade.

Só que banzo é mais que saudade. É a vontade irrealizável de voltar. Voltar no tempo, voltar a algum lugar, voltar para alguém. Hoje estou de banzo, como meus irmãos africanos. Imagino o tamanho do deles, que remetia a além mar. Mas cada um tem o seu, do jeito que lhe cabe, do tamanho do seu viver. Banzo é assim: merece respeito e um pouco de tempo para curti-lo. Afinal, banzo não é vazio. É repleto de significado e de memórias.

Pintura de Isabelle Vittal

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Comecemos a gritar!!!!

Já podemos ir juntando nosso precioso dinheirinho, pois na lista de prioridades de muita gente, a  número um passará a ser a próxima turnê de Madonna, próximo ano.


Anunciada essa semana, a turnê será engatilhada pelo lançamento do álbum sucessor de Hard Candy, sua última produção, em 2008.


Aos fãs, admiradores e à galera que simplesmente "curte", é possível que o Brasil integre o roteiro, onde já constam, segundo informação do site Minsane - http://www.minsane.com.br/, Canadá, EUA, Nova Zelância, Europa e Austrália.


Os ensaios começarão em janeiro, seguidos pela turnê, a partir de abril. O must já inicia com a seleção de bailarinos: em parceria com a Smirnoff, a Rainha Pop escolherá o melhor participante do concurso online de dança, através do Projeto Smirnoff Nightlife Exchange. As inscrições iniciaram ontem e irão até o dia 10 de outubro, através do site  www.smirnoff.com. O Brasil é um dos 50 países participantes (quem quiser encarar, já pode produzir seu video).


Sobre a seleção, Madge falou: "O que me atraiu para o projeto Smirnoff Nightlife Exchange é a combinação de poder participar na celebração da vida noturna em todo o mundo e a oportunidade de descobrir o melhor dançarino. Os melhores dançarinos estão sempre nos clubes à procura de uma experiência original, assim como a Smirnoff está fazendo."


Afrodite aproveita para declarar: "Desculpem nossa falha" e dar os merecidíssimos PARABÉNS a Madonna, pelos seus 53 anos, completados no último 16/08. Muita saúde, paz e realizações para essa personalidade do mundo pop. THE BEST, COURSE.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O tempo em fatias


Recebi de um amigo, como mensagem de aniversário. Diz tudo, é Drummond, claro.

Cortar o tempo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente
Carlos Drummond de Andrade

sábado, 23 de julho de 2011

Balé para adultos: Se tem vontade, não perca mais tempo!

Mais ou menos vinte anos. Esse é o tempo que decorreu desde o dia em que parei de dançar e parti para a luta do dia a dia. Aí vieram as faculdades, estudos para concursos, filhos, trabalho, marido, casa.
Num dia, janeiro. De repente, dezembro e um suceder de ciclos, vezes deliciosos, outras nem tanto. Vida comum de uma pessoa comum, uma filha de Deus.

Atividade física sempre foi importante. Mas e o tempo? Algumas matrículas em academias de ginástica, alguns rompantes de comprar malha nova. Caminhadas, pedaladas. A Yoga preenchia por dentro e por fora. Pilates? Não curti. E o tempo passava, na maior parte acompanhado com o sedentarismo.

Aí veio a descendência e minha filha entrou para o balé. Vieram as aulas, o espetáculo de fim de ano. Realização total! Total? No segundo ano, ela me comunica que não quer mais fazer balé. E essa notícia me atingiu em cheio, como uma lança envenenada no peito! Dramático, né? Pois assim foi.

Foi quando ouvi de uma amiga, que também tem filha que dança, e que também ama a dança, que para evitar um dia esse sofrimento, entrou para uma turma de balé para adultos. É óbvio, quando a gente tenta se realizar através do outro sempre corre o risco de resvalar na frustração.

E aí começa a parte principal da história. Em fevereiro encontrei a Academia Ângela Botelho, que investe e se dedica a um segmento cada vez mais procurado de balé adulto iniciante na cidade de Recife.

A escolha da roupa foi engraçada. Comprei tudo preto por achar que não combinava mais com o rosa das meias e saias. Muitos quilinhos a mais dos tempos de leveza, fui à minha primeira aula com a insegurança e a ansiedade de quem vai ao encontro do primeiro namorado. Muita emoção.

E o que posso dizer hoje para quem lê, é que sempre será tempo de realizar aquele sonho adormecido da juventude. Porque na verdade a juventude nunca passa quando nos mantemos vivos de espírito. O corpo pode inicialmente nem acompanhar como gostaríamos, mas somos perfeitamente adaptáveis, e quando se trata de algo para nós prazeroso, não temos idéia do quanto podemos ir além.


Aproveito para postar o vídeo de minha primeira apresentação: uma aula-apresentação realizada no Teatro Barreto Júnior, diante de uma platéia que incluiu meu filho, minha filha que voltou a dançar quando viu minha empolgação, e meu esposo, todos aplaudindo e surpresos com a revelação de uma faceta minha que não conheciam. É sempre bom surpreender, principalmente a nós mesmos.
PS - No video, sou a terceira, da esquerda para a direita, na fila de trás.

domingo, 17 de julho de 2011

Pernambuco no palco da Mostra

Com um fim de semana de alto índice pluviométrico. Assim foi o encerramento da 9ª Mostra Brasileira de Dança, realizada em Recife, de 10 a 17 de julho. Apesar das chuvas impiedosas, o evento não perdeu seu brilho. Com lançamento de livros, exposições, oficinas e apresentações diversificadas, o público não se fez de rogado e prestigiou o evento.

Afrodite se fez presente nos dia 15 e 16, respectivamente no Teatro Barreto Júnior e Teatro Luiz Mendonça – Parque Dona Lindu – e para não se furtar aos comentários, sigamos com o texto.
A idéia foi mostrar a diversidade de gêneros, estilos e forma de produção da dança, segundo Romildo Moreira, diretor teatral. Tanto que numa única noite o público assistiu Dança moderna, contemporânea, solo de samba, Dança do ventre, Ballet Clássico e Dança Afro. Todos de Pernambuco.

Destaque para as coreografias do pernambucano Black Escobar, em seus 30 anos de carreira e que assinou duas das oito apresentações da noite.  Também para a coreografia “Fuga”, do Gesttus Grupo de Dança, que através de um elenco de atitude – todas as bailarinas muito seguras – apresentaram os movimentos de uma dança contemporânea bem marcada com elásticos envolvendo os corpos. A Cia. Pernambucana de Dança do Ventre contagiou a plateia, com seu colorido vibrante, suas músicas animadas e a sensualidade que o gênero traz em si.

E quando chegou a hora do Ballet Clássico, o Ballet Maysa deu seu recado. As bailarinas Vanessa Costa e Raíssa Araújo apresentaram variações de La Bayadére e Noite de Walpurgis, ambos ballets de repertório remontados e dirigidos por Simone Monteiro. A propósito, o ballet Maysa também representará Pernambuco no 29º Festival de Dança de Joinville, que acontece de 20 a 30 de julho. A bailarina Raíssa Araújo, classificada para o evento fará apresentações. Raíssa dançará a coreografia Noite de Walpurgis, mesma apresentada em primeira mão dia 15, no Barreto Júnior. Ficamos na torcida pelo seu sucesso, que certamente virá, pois se trata de bailarina dedicada e talentosa.

Com um palco estalando de novinho, quem não fez por menos foi o Maracatu Nação Pernambuco, que apesar da tromba d’água teve a certeza de seu público fiel, que não faltou ao recém inaugurado Teatro Luiz Mendonça.

Com o espetáculo “Batuque da Nação”, montado para palco, o Nação roteirizou a cultura rítmica pernambucana e trouxe colorido e muita dança para a ciranda, côco, frevo e caboclinho, dentre tantos outros ritmos.

Quem enfrentou o dilúvio da cidade e trocou a cômoda poltrona de casa pela dúvida se haveria espetáculo foi reverenciado ao final, quando os 32 integrantes do Nação Pernambuco descem do palco e convidam o público para também dançar. E assim foi o grand finale: o Maracatu Nação em fileira no hall da entrada do teatro e o público, já pra lá de aquecido registrando a cena e dançando. Espetáculo bom é aquele que deixa gosto de “quero mais, né?”.

A Mostra, que já vai em sua 9ª edição, vai aos poucos criando novos hábitos e trazendo mais gente para o mundo da cultura e da arte, tão importante no desenvolvimento do ser. Talvez tenha faltado um pouco mais da participação de grupos de outros estados, apesar de MG, CE, PB, Portugal e Equador terem marcado presença. Mas trata-se de uma construção que só evolui...

domingo, 29 de maio de 2011

Coppélia, pelo Bolshoi, ao vivo para o mundo.

Dando continuidade ao projeto de difusão da cultura clássica do ballet, nesse domingo foi transmitido ao vivo o espetáculo Coppélia, pelo Bolshoi, para cinemas do país e do mundo. Aqui em Recife deu boa bilheteria e a platéia, muito heterogênea, parecia estar mais à vontade para aplaudir. Foi maravilhoso!
Segue um trecho da dança escocesa, desempanhada pela personagem Isvanilda, disfarçada de boneca Coppélia, todas incorporadas por Natália Osipova.

domingo, 8 de maio de 2011

Bom para a alma e para o bolso

Você gosta de ballet? Então quanto lhe custaria ir até a Rússia assistir a um espetáculo? Dependendo da localização no Mariinsky Theatre, apenas a entrada ficaria entre 118 a 462 dólares. E aí, melhor nem calcular passagem, alimento e estadia. A cultura, muitas vezes não é tão acessível assim.

Um veículo da cultura pop está disponibilizando esse acesso ao teatro russo, fazendo você se sentir dentro dele. O ballet de repertório, aquele que conta uma história e precisa de um corpo de baile para isso, veio para perto do público através do cinema. Esse recurso, já usado lá fora, chegou ao Brasil há pouco mais de um ano. Já estreou na telinha O quebra Nozes, pelo Bolshoi, transmitido ao vivo, direto de Moscou, em tecnologia de alta definição.

Agora foi a vez de Giselle, O primeiro espetáculo em 3D no mundo. Produzido pelo Theatro Mariinsky, em São Petersburgo, a estória conta os atropelos de uma camponesa que se apaixona por um “camponês” e depois descobre que ele é comprometido e é um nobre. O enredo passa pelo encantamento, pela euforia, percorre a decepção até chegar à morte, onde são vivenciados o reencontro e o perdão. Tudo regado à mais perfeita técnica que os russos mostram tão bem.

O espetáculo inicia apresentando detalhes da orquestra. E quando a cortina sobe, o espectador vai aos poucos se esquecendo de onde está, e mergulhando naquele ambiente de pura magia, que em 3D permite ver minúcias, como a sapatilha já marcada pelo uso de sua bailarina.

A grande estrela é a bailarina Natalia Osipova, que parece ter asas por saltar tão alto e com tanta leveza. Bailarina do Bolshoi, na infância dedicou-se à ginástica até levar uma séria queda e ter que se afastar dos treinos definitivamente. Os treinadores a aconselharam ir para o ballet. Formada pela Academia do Bolshoi em 2004, Natália foi aceita no corpo do balé e não parou mais de se destacar.

Seu primeiro papel como solista foi exatamente em Giselle, em 2004. Aí vieram "Les Sylphides", onde dançou a valsa, “O Quebra Nozes”, onde fez a boneca espanhola, “Dom Quixote”, com a noiva espanhola, e “Cinderela”, com a Fada do Outono, de uma extensa lista de destaques.

O fato é que por R$ 50,00 é possível adentrar nesse mundo, muitas vezes tão distante e específico. Mas à medida que a tecnologia avança, novas possibilidades de divulgação da cultura também caminham. Pois não há quem não goste do que é belo, do que busca a perfeição e do que nos faz levitar. Bravo para quem teve essa idéia! Hoje eu estive em São Petersburgo!