sábado, 17 de setembro de 2011

Afrodite visita Chico


Após mobilizar polícia ambiental, bombeiros e veterinários, o macaco-prego Chico foi capturado na tarde dessa quinta feira, na rua do Sossego, em Recife. 

Provando que nunca é tarde para mudar de vida, Chico, no auge dos seus 17 anos, esteve na mídia nacional durante quatro dias e deu trabalheira para ser pego e retornar a sua moradia.

Afrodite aproveitou a manhã ensolarada desse sábado e foi visitar nosso herói, que mora no Parque 13 de Maio, em pleno centro da capital pernambucana. O Parque, inaugurado em 1939, é uma área de alguns hectares generosamente arborizados com palmeiras imperiais, mangueiras e demais espécies.

O local é bem cuidado e organizado. Frequentado por famílias, muitas crianças e casais românticos, que  namoram à sombra das frondosas árvores, o espaço merece ser divulgado como mais uma opção de passeio diurno da cidade.
Embora o objetivo fosse encontrar nosso amigo Chico, não teve como não nos impressionarmos com o deleite que o Parque proporciona. Antes da área do minizoológico, um lago com patos, gansos, iguanas e muitas tartarugas atrai a atenção de todos.


Após contornar o lago, grandes viveiros acomodam jandaias, tucanos, papagaios e ... macacos. E lá estão eles, mais ou menos uns oito dividindo a jaula e a atenção das pessoas. Um do grupo, talvez em sinal de protesto, jogou comida na camisa de um rapaz. Todos ao redor acharam engraçado, menos a "vítima", claro.
Chico mora em outro viveiro maior, na companhia de uma única macaca. E lá estava ele, menos agitado que os outros, de focinho arranhado pela captura, e andando de um lado para outro como à procura de uma nova brecha para o mundo da aventura.
Após as fotos e uma breve "conversa" com o macaco famoso, Afrodite seguiu para o outro lado do Parque, o espaço dos equipamentos infantis. Muitas crianças corriam, escorregavam e alegremente comemoravam sua liberdade pós clausura em apartamentos. Assim como fez o sábio Chico.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O macaco tá certo

Pernas pra quem te quero. Ou, no caso, patas pra quem te quero! Um primata vem ocupando o seu lugar ao sol nos últimos dias. Ao sol, às árvores e na mídia. Atende pela graça de Chico e sua façanha foi ter dado uma escapada de seu claustro e estar driblando, até o presente momento, os órgãos públicos como Bombeiros e Ibama.


Chico tem 17 anos e há muitos é morador do Parque Treze de Maio, no centro do Recife. Desde segunda feira ficou evidente que seu domicílio não foi escolha espontânea, pois na primeira oportunidade, danou-se mundo afora.

Pensando bem, está muito mais interessante pular de galho em galho nos oitizeiros da cidade, ser alimentado pelos bondosos moradores, e além de tudo, ter seus quinze minutos de fama, que já se estendem para quatro dias.

Os moradores da rua do Sossego não pensam muito diferente, pois Chico veio trazer animação à monotonia. Desde sua célebre chegada, descoberta por uma veterinária que estava à sua procura, a imprensa - escrita, ouvida e televisada - montou cobertura constante no bairro, para não perder uma peripécia da celebridade.


"Que gente esquisita", deve estar pensando ele, ao acompanhar o fusuê lá embaixo. "Agora virei mote para se questionar a capacidade de os governantes administrarem os imprevistos da cidade, do Estado e quiçá, do País". Macaquices à parte, a única saudade que Chico deve estar sentido é de sua parceira, que ficou a ver algodão doce no Parque. "Mas, pensando bem, ela demonstrou ser meio lentinha, pois bom mesmo é a minha liberdade!"; palavras de Chico. E o macaco está certo.  

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Prepare-se para encrenca! Encrenca em dobro!


Para proteger o mundo da devastação!
                          Para unir as pessoas de nossa nação!
Para denunciar os males da verdade e do amor!
Para estender o nosso poder às estrelas!
jessie! james! Equipe Rocket decolando na velocidade da luz!
Rendam-se agora ou preparem-se para lutar!
Meow eh isso aí!


No universo Anime Pokemon, ou Poket Monster, a equipe de vilões é mesmo quem rouba a cena. Ash Ketschum, o garoto treinador dos bichinhos, acompanhado de seus amigos fiéis Misty, May e Brock, não chegam aos pés dos impagáveis Jessie e James, em termos de, digamos, persistência.

Apesar de sempre se dar mal nos episódios, a Equipe Rocket, formada pela dupla, juntamente com o mala Meow, um Pokemon que acrescenta um mínimo de cérebro à equipe, não desiste de seus planos para capturar Pikachu e derrotar Ash e sua turma.

O grande segredo da Equipe Rocket possivelmente é a sua entrada triunfal nos episódios. Sabe, eles chegam assim "botando moral" e anunciando pretensiosamente: "Preparem-se para encrenca", e em seguida declamam o bordão acima.


Mesmo que em quase todas as vezes eles decolem na velocidade da luz (ao fim de cada episódio), dá gosto ver aquela dupla de cabelos vermelhos e roxos, ele com uma rosa vermelha entre os dentes, "se achando". É um tipo de empáfia desprovida de cérebro - que só existe pela presença do pokemon Meow.


Assisto a Pokemon desde o fim dos anos 90, quando meu filho mais velho era criança fanática pelo desenho. Hoje acompanho minha filha, que também não perde um episódio, agora transmitido diariamente pela RedeTV, a partir das 18 horas.

Os bichinhos são coloridos, interessantes com suas habilidades, e as histórias legaizinhas. O tempero vem com a dupla fashion e atrapalhada. Posso estar sem tempo para acompanhar as estórias do começo ao fim, mas corro mesmo para a frente da telinha quando ouço o jargão: "Prepare-se para encrenca! Encrenca em dobro!" Adoro!    
  

sábado, 3 de setembro de 2011

P - A - U - S - A

Tecle pause.
P - A - U - S - A.
Geralmente só percebemos o turbilhão em que vivemos quando somos forçados a parar. Essa semana fui submetida a um procedimento cirúrgico e voltei para casa na quarta. Por conta disso, tive que parar por uns dias.


Embora tenha sido uma cirurgia programada, e por consequência, estava ciente do tempo que eu ficaria em casa, a minha cabeça só veio desacelerar quatro dias depois.


Quem me chamou a atenção foi minha irmã, ao acompanhar meu retorno para casa e observar que eu estava "histérica", querendo controlar tudo e resolver todas as questiúnculas inúmeras.
Na hora recebi como uma crítica negativa, mas três dias depois meu corpo gritou e relaxei verdadeiramente. Foi então que percebi o quanto ela estava certa. E eu, cega querendo salvar o mundo!


Trabalho, engarrafamento, agenda apertada por afazeres cotidianos, realmente tem coisas que não podemos delegar. E por conta disso não temos tempo para viver o principal.


É dessa forma que não dizemos a quem amamos o quanto o amamos, não temos tempo para cultivar nossas plantas, despendemos quase nenhum tempo às boas amizades, não olhamos muito para as estrelas e para a lua.


Quase tudo perde a poesia. O relacionamento fica sem "emoção", a comida "sem tempero" e o dia a dia "sem graça". E nós, roboticamente desempenhando tudo que nos atribuímos. Temos que arrumar um jeito de teclar "pause", já que ninguém vai esperar por uma licença médica para isso.


Foi aí que resolvi fazer algo de que gosto: cozinhar. Também tenho acompanhado com mais disponibilidade as tarefinhas escolares de minha filha caçula e estou mais paciente com meu adolescente e com meu esposo.


Desacelerar realmente tem me feito muito bem. Já estou pensando numa maneira de teclar "pause" quando voltar ao olho do furacão. Aceito sugestões. E aproveito para postar em seguida as fotos de minha produção culinária.
Bolo de Cenoura com cobertura de chocolate


Bolo de Abacaxi

Torta de Atum

Fricassé de Frango