segunda-feira, 29 de junho de 2009

Os soberanos do Pop


Sempre se disse que imagens falam mais do que mil palavras... Geralmente é verdade. E, olhando bem, o sentimento que fica é que para certas pessoas, o tempo não deveria passar nunca. Como foram maravilhosos os anos 80!










segunda-feira, 15 de junho de 2009

Musa inspiradora


Acredito que todos precisamos de ao menos um referencial. Aquela pessoa que nos serve de exemplo e inspiração. Quem admiramos. Quando por exemplo pensamos: "Quando eu crescer, quero ser igual a ela". Pois bem, ao meu rol de referencial inspirador adicionei uma pessoa de 79 anos, viúva, e que fala de si assim: "Chego aos 79 anos saudável, íntegra o quanto se pode ser nessa idade, ativa, ainda entusiasmada e motivada a procurar novos projetos, novas atividades."

Essa é a vovó Neuza, que se reinventa a cada dia e que, como ela mesmo fala, tem uma idade cronológica, uma fisiológica, uma mental, uma cultural e outra comportamental. Uma camaleoa, assim mesmo.

Como não admirar essa pessoa que alterna a cabeça entre Platão, Sócrates e providenciar o suprimento de sabão, papel higiênico e arroz, mantendo-se com benefício do INSS e trabalho diário na cidade de São Paulo?

Eu a conheci em um programa de TV hoje pela manhã, quando parei tudo que estava fazendo para sentir o prazer da existência exuberante dessa criatura. Que figura! Irreverente e conectada até onde permite a tecnologia. Blogueira de carteirinha. Tratei logo de acessar sua página e aqui vai a dica para o leitor. Não deixem de mergulhar: vovoneuza.blogspot.com

Em entrevista ao Jornal da Tarde, ela falou: “Escrever virou hábito há 13 anos. Cataloguei a minha vida, fiz oito árvores genealógicas da minha família... Frequentei museus, fui a óperas, teatro, cinema, exposições. Me formei em 1951 em História Natural, que depois recebeu o nome de Biologia. Dei aula durante 30 anos, não parei nem depois de aposentada.”

Daí fiquei pensando... Quando crescer, quero ser muito parecida com ela... (agora vou para a esteira e depois para a leitura, que o futuro começa AGORA!).

sábado, 13 de junho de 2009

Decisão com bom senso


Após peregrinações jurídicas de Madonna, a Corte africana do Malauí concedeu autorização pra a pequena Mercy ser adotada. Finalmente houve interpretação baseada no bom sendo, pois o fundamento da decisão foi que a criança teria melhores condições de vida se fosse adotada por parentes estrangeiros, que darão amor e carinho para ela. O que é óbvio, pois os bons tratos em uma creche, por melhor que seja, nunca substituirá o aconchego de um lar.

Parabéns para os magistrados da Corte africana e parabéns para Madonna, que sabe bem correr atrás do que quer.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Você se comunica?



Sou daquela turma que não acredita em coincidências. Acho que tudo que acontece tem um significado e quer nos dizer ou mostrar algo. Ontem passei por uma experiência do tipo. Logo cedo estávamos eu e uma amiga levando nossos filhos para mais uma rodada de jogos escolares. Eu havia recebido dela um power point muito bonito sobre os portadores de down e aproveitamos o caminho para conversar sobre o assunto. Ela é da área de educação e trabalha com especiais. Como o assunto é vasto e interessante, enveredamos pelos surdos-mudos.

Mais tarde, quando dessa vez saí com a família para almoçar, ficamos num daqueles restaurantes com área de lazer para as crianças gastarem suas energias. E após alguma barganha de garfadas no alimento, lá se foi minha pequena de cinco anos brincar no parquinho que estava cheio.

Como essa aprendiz de feiticeira é pra lá de coimunicativa, já sai conversando com todos, como se já os conhecesse há anos.

Da mesa onde estava, a via andando atrás de uma garota um pouco maior do que ela. Depois de algum tempo, fiquei preocupada quando a vi tocando a menina várias vezes no ombro e falando já com uma cara meio braba. Aproximei-me e a recreadora já havia intervindo e estava explicando algo que em meio ao barulho, demorei a entender: a menina com quem ela estava querendo brincar era surda-muda.

Minha reflexão começou no carro durante a volta para casa. E confesso que ainda não terminou. A reação de minha filha foi um misto de tristeza e raiva por não ter conseguido se comunicar com a outra criança. Eu não esperava ter tanta dificuldade em explicar para ela que era perfeitamente possível ela se comunicar por outros meios que não fossem a fala, vez que ela já havia decidido de forma convicta que a menina não seria mais sua amiga pois ela não tinha conseguido estabelecer comunicação.

Percebi a grande lacuna e limitação no universo que tenho apresentado para minha filha. Na limitação de sua escola também, e na limitação de todo o sistema de educação do país. Os especiais sobrevivem em verdadeiras ilhas criadas pela sociedade, por nós, que temos o velho hábito de apenas olhar para nosso próprio umbigo.

Minha aflição começou a amenizar quando procurei resgatar um pouco de minha formação em comunicação social e a falar que a fala é APENAS UMA linguagem. Que os olhos comunicam, o corpo comunica, e as mãos também. Bingo! Lembrei-me da língua brasileira de sinais - LIBRAS.


A partir daí, o panorama mudou e minha pequena perguntava cada vez mais como era essa linguagem. Ficou muito interessada, e do nosso passeio ficou a constatação de que preciso olhar mais ao redor e a promessa de aprendermos juntas o alfabeto para ela poder conversar com TODOS. Enfim, a NOS incluirmos na real sociedade do dia a dia.