domingo, 29 de dezembro de 2013

SIM, EU PRECISO!

“Investigue o motivo que o impele a escrever: Comprove se ele estende as raízes até o ponto mais profundo do seu coração, confesse a si mesmo se morreria caso fosse proibido de escrever. Pergunte a si mesmo, na hora mais silenciosa da madrugada: “Preciso escrever?” Desenterre de si mesmo uma resposta profunda. E, se ela for afirmativa, se for capaz de enfrentar essa pergunta grave com um forte e simples “Preciso”, então construa sua vida de acordo com tal necessidade.” 
Rainer Maria Rilker em Cartas a um jovem poeta.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Da Santa Ceia para o roteiro

         Há anos não assistia novelas. Fazendo bem as contas, a última foi O Clone, em 2001. Não por esnobismo intelectual, mas porque elas viciam mesmo e, quando você vê, já são oito, dez meses de noites e noites a fio. Confesso que comecei a assistir Amor à Vida por conta do deus grego Mateus Solano (adooro!). E permaneci por conta do impagável Félix e seu humor negro. Personagem tão polêmico quanto carismático.

      Entretanto, o que observo é que as temáticas são diferentes, mas todas as novelas globais precisam seguir uma fórmula que, infelizmente, faz sucesso com os telespectadores: um dos takes indispensáveis é a surra que alguém vai dar em alguém. Essa inclusive é capa e garante boa tirada em revistas de TV. O outro item que, ao meu ver, está começando a azedar a trama é a VINGANÇA, em caps lock mesmo. Não por ela em si, mas pela mão pesada no ingrediente, com direito a chamada quase conclamando o telespectador a fazer o mesmo. Vou observar os próximos capítulos para poder concluir se foi o Félix que salgou a Santa Seia ou se foi o Carrasco que salgou seu próprio roteiro.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A VIDA NUM MODAL DE 46 LUGARES

Quem anda de ônibus quase nunca está sozinho. Ando relativamente satisfeita com meu novo modal para ir ao trabalho. Modal, porque preciso usar um palavreado in, e relativamente, porque o ônibus no Brasil ainda é um dinossauro que precisa evoluir.

Retornando ao contentamento, a viagem no dito já começa na parada, enquanto observo o pessoal. Meu gosto específico é pelos adolescentes, que reconheço de longe, pois normalmente andam em bando. Ô gente descolada! Minha atenção apura na linguagem, mais corporal do que verbal. Entre um mascado de chiclete e outro, soltam duas palavras que são rapidamente entendidas pelo outro, e percebo que significaram um parágrafo inteiro, tá ligado?

Outro atrativo é a facilidade com que as pessoas chegam e falam de suas vidas. Sem maiores pudores, sem maior cerimônia. Semana passada, sentei ao lado de uma moça que deveria ter os seus trinta anos. Em coisa de quinze minutos fiquei por dentro de um recrutamento de pessoas para irem trabalhar no Canadá. A criatura estava indignada com os requisitos, pois tinha que pagar a passagem e se bancar, além de comprovar ser titular de uma poupança vultosa. “Ou seja, a pessoa tem que ter uns quinze mil”. Nossa, tá russo, viu?

Hoje foi ótimo! Uma mulher de seus quarenta e poucos estava na parada, e quando me aproximei, me olhou e já começou o papo como se já estivesse em andamento. “É muito sério esse calor. E a culpa é desses carros! A situação do Haiti, o tufão, tudo é isso.” Eu só balançava a cabeça. Após a síntese do efeito borboleta, arrematou: “E a Presidente Dilma já falou! ” Valei-me. Não deu para esperar o nexo, pois meu transporte chegou.


O fato é que tenho me sentido mais leve, menos refém de carro. Caminho pelo quarteirão, observo a paisagem e descubro lojas que nem tinha percebido e ainda conheço figuras. Por fim, como minha veia jornalística ainda encontra-se em bom estado, entre um solavanco e outro do moto, possô escrever em meu bloquinho.

domingo, 13 de outubro de 2013

O querer

Ninguém é uma ilha para conseguir sobreviver só. Muitas vezes dependemos da vontade do outro, que nem sempre se aproxima da nossa.

Então, quando as coisas não saem bem como gostaríamos ou planejamos, e isso bate forte na nossa emoção, é bem hora de nos trancarmos no banheiro, chorar o quanto precisarmos e depois de muita água no rosto, respeitarmos o querer alheio, voltarmos para nós mesmos, redimensionar os planos e seguir adiante.

Tudo isso não perdendo de vista o nosso querer, é claro. Viver em grupo, em família, não é fácil. Mas viver isolado é bem mais difícil.

sábado, 31 de agosto de 2013

Cozinhando para a sogra

Foto: receitasdecomida.com.br

*Texto escrito por Afrodite Boa Memória, e trata de simples exercício literário. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Estava eu cozinhando, como geralmente gosto de fazer nos sábados caseiros, quando a memória começou seu processo de desprendimento e vagou pelo tempo. Foi parar lá no passando, quando eu, pré-balzaquinana, assim carinhosamente chamada à época pelo marido, vivia cheia de boas intenções e ilusões para com a sogra.

Ainda não haviam rodado a trilogia "O Senhor dos Anéis", com toda sua complexidade linguística e infindáveis ardis na luta contra o mal na Terra-média. Tão pouco Jane Fonda tinha arrasado na performance de sua personagem mais real em A Sogra. O fato é que resolvi cozinhar para a mãe de meu marido.

Como leitora ávida que ainda sou, tratei de selecionar o menu. Lembro vagamente do prato principal: uma espécie de lombo (ou era filé?) regado a um molho tipo madeira. Mas o entrevero não chegou até aí, a peleja já teve início na entrada, e essa lembro com riqueza de detalhes: "Sopa Parmentier".

Encontrei a dita receita num caderno de variedades de um jornal. Achei, na minha santa inocência, que agradaria. À base de alho poró, batata inglesa e creme de leite, o negócio ficou bom mesmo. Moléstia à parte, sempre tive prenda para as artes culinárias.

Jantar posto, mesa arrumada, família reunida e lá vai a entrada, recebida por todos com ansiedade e ao som do primeiro comentário, num tom despeitado: "É, o cheiro tá bom." Era a tiranossauro entrando em cena. O segundo veio antes de eu agradecer a gentileza. "Isso é o quê?". Não era qualquer isso. Era um isssso sibilante entre língua bifurcada. E eu, meio débil, respondi.

Até aí tava fichinha. A chatice começou quando o terceiro comentário, que perdurou pelo jantar afora, foi o arremate: "Tá gostoso, mas isso (novamento o issssso) é sopa de envelope, né?". Aí foi que a ficha começou a cair para a idiota aqui, que já meio chateada respondeu: "Não, Dona fulana, é Crrrrreme Palmentier". E foi aí minha primeira aula de bifurcação de língua, com a que seria minha Mestra Pós-Doc.

Não é que a infeliz estava insinuando expressamente (se é que é possível, mas ela sempre foi ninja nessa arte) que eu havia colocado gato por lebre na entrada do jantar? Ou melhor, que eu havia comprado sopa pronta de envelope no mercado. Nada contra esse prático alimento. Eu mesma já me socorri dele em algumas vezes. Mas havia me dedicado ao jantar, feito tudo com o maior gosto para estar recebendo aquelas alfinetadas.

O problema, hoje entendo, é que a sopa realmente estava boa. E todo mundo gostou, inclusive a própria. E era demais para ela reconhecer que eu também cozinhava legal, apesar de iniciante. O jantar prosseguiu com conversas amenas, risadas e tilintar de talheres. Mas entre um assunto e outro, e até mesmo no meio de um, ela novamente questionava: "Mas está com sabor que sopa de envelope!", "Issssso é sopa de envelope...", até sacar o golpe de misericórdia: "Como é que se faz?"

Após essa iniciação, cozinhei muitas vezes para ela, embora já decorrido bastante tempo desde a última vez. Ela também cozinhou muitas vezes para mim. Tem um tempero maravilhoso. É tão boa na cozinha quanto na crítica maliciosa e na provocação. Foi minha mestra, como falei. Hoje não é mais, pois não o permito. Há o tempo de aprender e há o tempo do chega pra lá.

A quem interessar possa, segue a receita. Cautelas a quem irá servir.
SOPA PARMENTIER
INGREDIENTES:
2 ALHOS PORÓS GRANDES
1 COLHER CHÁ SAL
2 GEMAS
1 LATA CREME DE LEITE
PEDACINHOS DE PÃO TORRADOS NA MANTEIGA
MÉTODO
1 - LAVE O ALHO, CORTE EM 4 NO SENTIDO DO COMPRIMENTO E PIQUE-O. DESCASQUE E PIQUE AS BATATAS. LEVE TUDO AO FOGO EM ÁGUA COM SAL OU, QUERENDO, EM CALDO DE CARNE OU GALINHA. DEIXE COZINHAR ATÉ QUE A BATATA E O ALHO PORÓ ESTEJAM QUASE DESMANCHADOS. ESPREMA NUMA PENEIRA GROSSA OU NO PASSA PURÊ.
2 - BATA AS GEMAS COM O CREME DE LEITE NUMA TIJELINHA À PARTE. ACRESCENTE UMA CONCHA DO CALDO JÁ PRONTO PARA DISSOLVER BEM A MISTURA. JUNTE À SOPA E SIRVA COM OS PEDACINHOS DE PÃO. SE VOCÊ TIVER PÃO DORMIDO, FAÇA AS TORRADAS.  








   

sábado, 27 de abril de 2013

Uma viagem por tapetes mágicos

Eles vieram a Recife para comemorar seus quinze anos e estão colocando brilho nos olhos de crianças e adultos. Os Tapetes Contadores de Histórias surgiu no Rio de Janeiro e é formado por atores e contadores de histórias.

O material utilizado dá o tempero do encanto. Adultos e crianças, descalços, percorrem um salão cheio de tapetes que levam a uma viagem colorida e sensorial, porque em cada tapete há uma espécie de cenário de tecido que reproduz os elementos do livro. Portanto cada espaço tem o seu livro.

Montanhas, casas, nuvens, bichos e gente, tudo que há nas estórias escritas é encontrado materializado no cenário. Às vezes à mostra e em outras, escondidos em bolsos e malocas. O barato é duas pessoas por tapete, um adulto e uma criança, ou duas crianças como termina acontecendo, se reunindo para contarem e viverem as estórias que saem do livro. A criançada vai se juntando e formando grupos empolgados.

Pelo repertório dos livros passam autores brasileiros consagrados como Ana Maria Machado e Graciliano Ramos e também contos populares de diversas partes do mundo. O encantamento é geral. Quem entra no universo das cores, texturas e ideias dos Tapetes, não tem vontade de sair.  

A programação é gratuita e pode ser aproveitada na Caixa Cultural, no Marco Zero, de terça a domingo, das 12h às 20h. E as sessões de estórias acontecem aos sábados e domingos, às 16h e às 17h. A dica é chegar uns quarenta minutos antes para pegar a senha, que é muito concorrida.
A leitora Luísa, de 9 anos, após conhecer o grupo, pensa em criar seu próprio tapete.

O grupo estará até o dia 19 de maio e no próximo dia primeiro, feriado nacional, eles estarão fazendo as sessões de estórias. É programa pra criança de todas as idades e não falta vibração aos adultos que lá chegam. 


domingo, 31 de março de 2013

Pelas ruas que pedalei


Domingo de Páscoa. Muita gente viajou. Boa parte de quem ficou tratou de desentocar suas magrelinhas e botar na rua. A bicicleta está de volta e passou a ocupar lugar de destaque e respeito no trânsito. Aqui em Recife, o segundo domingo da ciclofaixa móvel teve boa adesão dos ciclistas de carteirinha e dos nubs também.



São grupos de pedal, famílias com seus pimpolhos em cadeirinhas, gente de todas as idades, com destaque para os sessentõoes em plena forma. O sol em Recife não perdoa. Protetor solar, capacete e uma camiseta que proteja são o suficiente para pegar a reta. A reta da ciclovia e da ciclofaixa. A primeira parte, para quem sai da zona Sul, é serpenteada pela praia de Boa Viagem. Coqueiros, pausa para hidratação com água de côco, tudo de bom. A dica é sair cedo, umas 7h/8h, porque com o sol ainda baixo, cansa bem menos.


E, na boa, fazer isso num domingo de Páscoa, para quem já comeu quase um quilo do néctar do cacau, é quase uma redenção. Quatro mil cones e 25,5 quilômetros são o suficiente para aliviar a consciência.


Para os amantes da fotografia, uma parada obrigatória é a Ponte do Pina. Brasília Teimosa ao longe, céu azul e o mar são poesia para quem saiu do universo automobilístico. A experiência vale muito a pena. Uma nova cidade se descortina aos olhos. Quando estamos dentro de um carro, somos limitados em um universo interno, introspecto, como quem observa uma paisagem através da janela. A partir do momento que pomos os pés no chão, o limite é o céu azul, e realmente enxergamos a bela Recife.


Pra descer todo santo ajuda. Passamos pelo Cais José Estelita, com seus antigos armazéns de um lado, e do outro o rio e o mar. Tudo junto e misturado.


A via crucis vem a seguir. A subida do Viaduto das Cinco Pontas. Tem que ter uma perninha, digamos, calibrada para subir sem pedir penico. Mas nada que afaste o sedentário. É só praticar a humildade, desmontar e ir empurrando sua magrela. Tem até umas sombras de árvores para quem está pedindo arrego. É só imaginar que logo cruzará a Ponte Giratória (que não gira há mais de cinquenta anos) e logo estará no Marco Zero da cidade. Uma espécia de marco divisório da ciclofaixa.


Como o período é Pascal, deu pra abiudar os bastidores da cenografia da Paixão de Cristo do Marco Zero.   Pra quem não viu, seguem algumas fotos.





Essa é a hora de tomar um picolé. Vários carrinhos oferecem o geladinho para a pausa. Enquanto isso, admiramos a arquitetura do início do século XX, como a Bolsa de Valores, hoje prédio da Caixa Cultural Recife.


Esse é um bom local para marcar encontro com o amigo que ainda não tem bike. No Porto Leve, Por R$ 5,00, é possível alugar o veículo uma hora e pedalar à vontade.


É hora de se situar, checar se o descanso foi suficiente, olhar o mapa e seguir adiante, pois o Ramal Norte o espera.


Outra ponte e a cidade continua mágica, leve e linda. As paisagens harmonizam o velho, o novo, o rio e o mar.


 Praça da República e Parque Treze de Maio, já mencionadas nesse blog, fazem parte da segunda parte desse roteiro. O ponto final é o arborizado Parque da Jaqueira, cheio de banquinhos à sombra para descansar, curtir a natureza e comer uma boa fruta da estação.



E pra quem ainda tem perna boa, uns trinta minutos de descanso são o suficiente para o percurso de volta. Para quem a essa altura recebe sinal do joelho ou da coluna, liga pra casa e pede um help. Difícil mesmo é escolher qual paisagem é mais bela para postar nas redes sociais.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Só os loucos sabem


Pra quem vivenciou a efervescência musical dos anos 80, ouvir Charlie Brown Júnior era como voltar no tempo e curtir uma banda de rock pop de verdade nos dias atuais!

Infelizmente hoje perdemos o grande artista, a alma da banda. Suas letras como poesia e sua gigante presença de palco enchiam nossos olhos e nossa alma de boa música. Que seu espírito seja bem acolhido do lado de lá.



Agora eu sei exatamente o que fazer
Bom recomeçar, poder contar com você
Pois eu me lembro de tudo irmão
Eu estava lá também
Um homem quando está em paz
Não quer guerra com ninguém
Eu segurei minhas lágrimas
Pois não queria demonstrar a emoção
Já que estava ali só pra observar
E aprender um pouco mais sobre a percepção
Eles dizem que é impossível encontrar o amor
Sem perder a razão
Mas pra quem tem pensamento forte
O impossível é só questão de opinião
E disso os loucos sabem
Só os loucos sabem
Disso os loucos sabem
Só os loucos sabem
Toda positividade eu desejo a você
Pois precisamos disso nos dias de luta
O medo cega os nossos sonhos
O medo cega os nossos sonhos
Menina linda, eu quero morar na sua rua
Você deixou saudade
Você deixou saudade
Quero te ver outra vez
Quero te ver outra vez
Você deixou saudade
Agora eu sei exatamente o que fazer
Vou recomeçar, poder contar com você
Pois eu me lembro de tudo irmão, eu estava lá também
Um homem quando esta em paz não quer guerra com ninguém
Só os loucos sabem. Charlie Brown Jr.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Kamehameha! As convenções contagiam cada vez mais!


Em agosto de 2010, Afrodite timidamente visitou a SuperHeroCon, carinhosamente Super-Con, no Teatro da UFPE. O relato foi postado aqui no blog com o título "Jovem é outro papo!" No último domingo, um pouco menos ignorante sobre o assunto, Afrodite marcou presença no AnimaRecife, produzido pelos mesmos criadores do Super-Con, no mesmo bat local.



Nada custa esclarecer sobre esse movimento. Trata-se de convenções dos fãs dos personagens que permeiam os jogos eletrônicos, os animes (se fala animês) e os mangás. A princípio, seria basicamente formado pelos personagens do universo oriental, mas seus frequentadores ampliam esse mundo, e incluem personagens como os da Disney ou dos HQs, cultuando a cultura pop na sua amplitude.



O nível de organização é bom, com diversas atividades acontecendo ao mesmo tempo. Ao preço de 15,00 por dia (o evento aconteceu nos dias 26 e 27), o visitante, dentre outras opções, pode assistir à exibição dos AMVs (anime music video, clipes de séries de animes) mais premiados mundialmente, visitar os estandes com mangás, bonecos e tantos outros apetrechos, curtir o concurso de dança e assistir a palestra do dublador Fábio Lucindo, que dublou o treinador de Pokemons, Ash Ketchum, no seriado que marcou a infância de tanta gente.



Para mim, que timidamente apenas conheço alguns personagens e suas estórias, a maior aventura mesmo é estar mergulhada naquele monte de cosplays, cada um mai produzido do que o outro. O público é em sua maioria jovem. Entretanto, quarentões e cinquentões aportam por lá, seja para acompanhar seus filhos, seja para curtir o evento. Ser jovem realmente é outro papo.



E cada vez que piso lá, saio com satisfação e vontade de voltar na próxima. Sempre há muito o que conhecer e aprender! O concurso de dança foi um show à parte. Tinha pra mais de trinta grupos apresentando suas coreografias, com movimentos minimalistas, fazendo cover de música pop asiática. E a platéia vai à loucura: sabe os refrões, os movimentos com as mãos, e vibra juntamente com os bailarinos. Um encontro salutar por demais! E vale registrar o grande número de rapazes paramentados com seus figurinos e dançando em grande estilo. É o tipo de acontecimento que você sai se perguntando: onde é que eles vêem isso tudo? 



As convenções são frequentes em outros países e no Sudeste. A AnimaRecife foi idealizada em 2007 e em 2010 teve sua primeira edição. Encontrou um público cativo e dedicado, que vem participando cada vez mais, inclusive com a presença de várias caravanas do interior do Estado.



O espaço do auditório principal da UFPE não deu vencimento domingo passado. As pessoas se espremiam nos corredores e nas portas para assistirem às atrações. Lá pelas tantas, quando muitos jovens tinham que ir embora, conseguimos sentar. Foi quando vimos o concurso de dança, o desfile dos cosplay e a apresentação dos costume play concorrentes.



Lendo a postagem passada, relembrei que meu filho tinha 13 anos quando me ensinou o que é cosplay. Hoje ele tem 15 (indo pra 16) e acabou de me repassar outra categoria da área. Aprendi que otaku é uma designação digamos um pouco pejorativa para aqueles fãs obcecados pelos desenhos japoneses. Uma espécie de nerd que só fala e só vive para os animes. Agora é esperar pela Super-Con, que acontecerá em julho.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

LUTO

Em solidariedade às vítimas de Santa Maria e a dor de seus familiares, Afrodite também está de luto. Mentalizemos muita força para essas famílias. Quem nos dera fosse tudo isso um simples pesadelo.