Assim ando ultimamente. Procurando um significado mais profundo para os meus dias. Isso é ruim e isso é bom. Ruim porque denota que algumas coisas não estão me preenchendo como deveriam. E bom, justamente por isso. Prova que permaneço inquieta.
E já que ainda não posso pegar um avião e ir andar sem destino em Paris, como minha imaginação gostaria, trago o olhar para perto e vejo o que posso fazer com o que tenho em mãos. Sei que é tipo "Complexo de Polyana" mesmo, mas ajudaria fazer o contrário?
Hoje me besuntei toda de filtro solar e voilá! Fui ao zoológico com minha pequena. Com poucos reais, água e suco na mochila, vimos lontras nadadoras, ursos, camelos, leão, aves exóticas, serpentes variadas e mais um monte da bicharada. Comemos pastel, batata frita, e tomamos picolé de chocolate e morango. De quebra, após um almoço regenerador e um relax à sombra de casa, pegamos uns filmes na locadora.
Para mim, escolhi um que a rotina não me deixou ver no cinema: Julie & Julia, meio comédia, meio romance, meio drama. E por isso mesmo, baseado em fatos reais. Com Meryl Streep fazendo Julia Child, uma mulher apaixonada pela cultura francesa e que estudou gastronomia e batalhou para lançar seu livro de culinária, tornando-se extremamente popular nos Estados Unidos.
Paralela a essa história (com "h" mesmo), que se passou na década de 40, vive atualmente Julie Powell, uma funcionária pública que acaba de completar 30 anos e se encontra frustrada com sua vida profissional. Ou seja, o vazio também bateu à sua porta. Entediada, ela procura algo que a preencha, quando percebe que escrever um blog seria uma alternativa, já que abandonou seu sonho de ser escritora.
Como gosta de cozinhar nas horas vagas, resolve lançar um desafio a si própria: realizar as mais de 400 receitas do livro de Julia, em um ano, narrando sua experiência em seu blog. O desfecho é muito tocante, e como não gosto que me contem final de filme, quem se interessar que assista.
Fechando a linha de raciocínio, entendi que a Julie faz exatamente o que tento fazer, eu e zilhões de habitantes do planeta. Encontrar algo que nos traga motivação e sentido para o nosso dia a dia que tende a ser igual a ontem, a anteontem e a amanhã. A diferença, como sempre, dependerá de nós. E essa é uma das razões do Afrodite...
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É exatamente assim. Temos mesmo que nos apaixonar nesta vida, para que ela possa ter sentido. Esta paixão não significa só uma pessoa, mas qualquer coisa que nos faça ter brilhos nos olhos e nos dê forças para viver. Pode ser a arte, a ajuda aos outros, um hobbie, um filho etc. O importante é viver de verdade. Lídice Domingos
ResponderExcluirA vida sem a paixão não é a mesma, não é Lídice? E falamos da paixão de ideais, de objetivos, de convicções, não necessariamente da paixão no sentido amoroso. Porque essa é muito boa, mas geralmente transitória.
ResponderExcluirQuerida Creusa, saudades...
ResponderExcluirsei bem do que vc está falando. Compartilho com vc esses sentimentos e esperanças.
Bom entrar em contato com seus escritos novamente, após um tempo sem praticamente usar a internet (tenho andado meio sumida... ensimesmada, entende?)
Deixo meu abraço tb para Lídice, que espero um dia conhecer. Adorei seu poema. Lindo, sinsível e verdadeiro!
Felicidades para todas e todos nós!
Raldianny.
Ral, esses sentimentos são bem humanos mesmo, e só quando não temos tempo para nos "ouvir" é que não o percebemos. E o bom era poder reunir tantas pessoas especiais que conheço (vc, Lídice, e outros) e fazer um grande encontro. Daria uma boa caldeirada! Bjos saudosos. Ah, quanto ao seu ensimesmamento, entendo bem do que vc fala. É um tempo também necessário. Mas não some demais, viu? Seu blog é um achado! Bjos.
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