domingo, 24 de outubro de 2010

NOSSAS PRAÇAS, NOSSA HISTÓRIA

Para um domingo, hoje o dia foi bem diferente do habitual. A idéia partiu da pesquisa para a Feira de Conhecimentos da escola onde minha filha estuda. O tema desse ano é "Os Pontos Turísticos do Recife".  Ao conversar com a professora, percebi que minha cria já havia se empolgado bastante e foi logo adiantando que o pai tinha mapas, que ela já conhecia o Forte das Cinco Pontas, etc. 


Com o elogio da professora, tive o estalo de fazermos uma pesquisa in loco. E assim foi. O que eu ainda não tinha imaginado é que o passeio também renderia matéria para o Afrodite. Pois bem. Iniciamos pelo Marco Zero, local de onde partem as distâncias para todas as terras de Pernambuco. E lá, num largo enorme à margem do Atlântico, estavam turistas, famílias, skatistas e ciclistas.


Mais adiante, bem no meio dos arrecifes, pode-se passear pelo parque de esculturas de Francisco Brennand, que tem como atração principal a polêmica Coluna de Cristal, um obelisco de 32 metros de altura, feito de argila e bronze. Inaugurada em 2000, foi mote de várias páginas nos jornais locais. Quem quiser chegar mais perto, tem passeio de barquinho até lá. E vale a pena conferir.


Depois veio a Rua da Moeda e seus casarios, onde aos domingos à tarde rola uma feirinha de artesanatos e comidas típicas. Opção da galera mais descolada.


O que me encantou mesmo foi a Praça da República, quase no centro da cidade, arrodeada pelo Palácio do Governo, Teatro Santa Isabel (160 anos) e pelo Palácio da Justiça. Afora tanta formalidade junta, a Praça em si é uma delícia. A impressão de ser um local esquisito e inseguro foi logo quebrada ao nos aproximarmos, vendo um monte de adultos e crianças curtindo o espaço ao ar livre.


Situada onde Maurício de Nassau, Governador do Brasil Holandês, ergueu, em 1642, o Palácio de Friburgo, infelizmente demolido em 1769. Lá também funcionou o primeiro horto zoobotânico do Brasil. Idealizada pelo naturalista francês Émile Béranjer, em 1875, os 23 mil metros quadrados foram remodelados por  Burle Marx em 1936. 


Lá, o centenário Baobá rouba a cena. Todos querem chegar junto. Alguns mais desprendidos até o abraçam - principalmente as crianças. Pudera, aquele barrigão é mesmo convidativo.
A fonte ao centro, com peixinhos no lago (um tantinho sujo, é verdade), as palmeiras imperiais, e as esculturas das deusas romanas (só não protesto pela ausência da Afrodite, porque ela é grega), tudo isso regado pelo sol, pelo clima de descontração que o próprio passeio já tem, trouxe relaxamento e um maior interesse pelo local onde vivo.


O cotidiano realmente nos rouba as mais belas lentes. E só quando damos uma pausa específica é que percebemos o quanto elas - as mais belas lentes - nos trazem mais sentido à vida. Visitem suas praças! 






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