terça-feira, 12 de outubro de 2010

Praia de Muro Alto

Quando o verão chega, a melhor opção é tirar o mofo, se besuntar com um bom protetor e se expor ao sol e ao mar. E o litoral nordestino, que nos perdoem a falta de modéstia, é o melhor para isso. As águas mornas, privilegiadas por umas simpáticas correntezas, tornam quase irresistível o mergulho.


Domingo passado foi o dia de conhecer um novo destino: a Praia de Muro Alto, litoral sul pernambucano, a 54 km do Recife.Uma barreira de arrecifes, com altura de 3 metros, separa o alto mar, criando assim uma mega piscina natural com extensão de 3 km. Ideal para crianças, pois não tem uma marolinha sequer. Ideal também para os pais, que querem e precisam relaxar, pois a praia ainda é tranqüila e nativa.

Lá é possível passear de jangadas e caiaques. Quem quiser ficar nas mesinhas, há uns barraqueiros - ainda poucos, graças a Deus - servindo bebidas e petiscos. Mas tem que petiscar se quiser sentar. Já quem é mais da turma da caixa térmica e dos lanchinhos preparados, vale a pena organizar de casa e levar. Sai mais em conta.


As referências que recebi indicavam uma praia com água cristalina, onde se vêem facilmente os peixinhos. Assim também li em todos os textos que pesquisei no São Google. Mas ao vivo não tive a mesma sorte, pois fui justamente quando uma mancha tomou conta daquele litoral, turvando a água e sujando o ambiente. Nada que inviabilizasse o mergulho e o passeio. Ainda assim foi paradisíaco. Não vimos peixinhos, mas tivemos a simpática companhia de uma Maria farinha.


O acesso, de carro, é feito por estrada asfaltada a partir do Posto da Polícia Rodoviária na PE 09. É preciso ficar atento às placas indicativas pois acho que a verba para a tinta deve ter acabado. A leitura do que está escrito é quase adivinhação.


Outro empecilho é a especulação imobiliária e hoteleira desse litoral. À revelia das autoridades, tem se dado praticamente a privatização dessas praias e o acesso às mesmas é um jogo de paciência. Muita gente já deixa de ir porque acha que é praia privada (?!?!?!). E essa idéia está tomando um padrão de normalidade preocupante.


Atravessado o paredão de uns quatro ou cinco resorts, você consegue chegar a uma rua que dá acesso, finalmente, à praia, que é bem público. E aí, após forrar sua canga, tomar aquela cervejinha, dar seu mergulho restaurador e ver sua criança feliz da vida, livre, leve e solta, você esquece de todas essas mazelas e agradece a Deus por um dia tão maravilhoso. Afrodite recomenda.

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