domingo, 18 de março de 2012

O melhor e o pior de Marilyn


"Sou egoísta, impaciente e um pouco insegura. Cometo erros, sou um pouco fora do controle e às vezes difícil de lidar, mas se você não sabe lidar com o meu pior, então com certeza, você não merece o meu melhor! "

Ela nasceu  Norma Jeane Mortensen e não teve das melhores infâncias, já que não conheceu seu pai biológico, sua mãe foi internada em um hospício, tendo a pequena Norma que passar por orfanatos. 


De Los Angeles para as telas de cinema, percorreu caminho difícil. Entre um casamento aos dezesseis para fugir do orfanato, um curso de teatro e a proibição do marido, que resultou no primeiro divórcio, entraram as lentes fotográficas.


O feeling entre as lentes e Norma começou a chamar a atenção dos profissionais. Foi então que aconteceu o upgrade: De Norma para Marilyn Monroe. E é nessa etapa que o filme "Sete Dias com Marilyn" enfoca a artista que cativou o mundo com sua doçura e inocência provocantes.


O filme é inspirado no livro 'The Prince, The Show Girl and Me: Six Month on the Set with Marilyn and Olivier", de Colin Clark, à época, jovem assistente do aclamado diretor Laurence Olivier. O cenário é a Inglaterra e o set de filmagens de "O Príncipe Encantado".


Colin Clark, vários anos mais novo do que a musa, atraído por sua magnética beleza, percebe a fragilidade por trás de sua exuberância e passa a ser um protetor de Marilyn, que por sua vez encontrou alguém que segurava sua mão nos momentos em que o chão lhe faltava e a carência a tornava refém de si mesma.


A narrativa lidou com delicadeza ao trabalhar a inconstância de humor da artista. Tratou também de forma suave, porém firme, sobre sua carência de ter alguém ao seu lado. Algum tipo de lacuna emocional insuperável, o que lhe permitia identificar novos e novos "protetores" em sua trajetória bastidores afora.


A a interpretação e beleza etérea da atriz americana Michelle Williams fizeram jus à categórica afirmação sobre a monstruosidade de Marilyn perante as câmeras. Mensagem dita com todas as letras: as câmeras a amavam. E não é à toa que closes bem estudados deixam um rastro de êxtase na fisionomia de quem assiste ao filme.


O forte de "Sete Dias com Marilyn" é desnudar pouco da Marilyn e muito da Norma, ora nitidamente uma, ora nitidamente outra. Um ícone da cultura pop dos anos 50 que atravessou décadas com aura de admiração e mistério. Um pouco do quanto custou para ela ser tanto. 

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