quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Despindo-me de coisas velhas


O título inicial destas linhas seria "Por que excluí meu Orkut". Mas ao me ouvir melhor compreendi que a proposta ia mais além. Nós seres humanos temos a mania de sair amontoando uma série de coisas ao nosso redor. O que nos serve e o que não.
Muitas vezes, quando percebemos isso, já estamos tão sobrecarregados de tralhas - físicas e emocionais - que não sabemos por onde começar a nos despojar de ao menos metade. Eu comecei pelo meu Orkut.
Nada contra a ferramenta, até porque ele me propiciou, ao longo de anos, reencontros maravilhosos. Mas já havia chegado seu tempo e eu estava apenas relutando por apego. Apego ao virtual. Mais um item de tralhas modernas que agora também carregamos no paralelo universo.
Difícil foi clicar em "confirmar" a exclusão. Doeu. Mas após a dor veio aquela ótima sensação de leveza e liberdade. E assim é o meu propósito para o resto deste ano. Eliminar os excessos, até porque eles nos embaçam a vista e muitas vezes nos confundem sobre o que é mais importante.
Ter uma casa de campo e viver com o orçamento pendurado ou também desfazer-se dela e poder ter mais paz e qualidade de vida ao lado da família? Duas contas bancárias? Roupas que não cabem mais em mim ou em meu gosto? Mobília demais nos cômodos? De repente tudo ao meu redor estava cheio de excessos... E o menos torna-se bem mais.

5 comentários:

  1. Acho que tô nessa fase tb... Adoro tudo o q vc escreve. Bjs

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  2. kkkkkkkkk... Pois é, tudo tem seu tempo... nem sei pq fiz um...kkkk... mas a vida é assim mesmo... moda e tudo mais... mas vale a pena se livrar dos excessos mesmo... nem sei por onde começar, porém o importante mesmo é começar. bjs chefe... kkkkk

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  3. Pois é, meninas. Tem tempo pra tudo. O importante que eu acho é estarmos com os ouvidos bem "abertos" para sentirmos o momento de encerrar uma etapa para começar outra. Afinal, quem fica parado é poste, como prega o Macaco Simão. O difícil mesmo é se livrar dos quilos extras! KKKKK. Bjo grande!

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  4. Quando eu era garoto, andava pelas ruas, olhando pessoas, chutando pedras e não guardava nada. nunca guardei nada que não estivesse no coração. acho que sou feliz porque tenho um computador, umas peças de roupa, fiz minha vida trabalhando feito um mouro, mas agora posso ir ao cinema , ao teatro, aos parques, a lugar algum e deixar a visão se perder. continuo não levando nada pra casa, e avida é mais fácil. e moro cercado de árvores , 15 km distante da cidade, apanho minh luz numa roda d´água, minha água também vem dela, as galinhas caçam os bichos peçonhentos, os gatos caçam os ratos, não tenho cabos ou linhas ligados à minha casa. poderia sair e ir para o Alabama sem ter deixado nada que importasse para trás. Sou feliz. Espero que você também seja.

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  5. Muito importante nos lembrarmos sempre do verdadeiro tesouro. É o que está dentro de nós e das pessoas que amamos. Muito lindo seu depoimento Pcesar. Ser desprendido é uma qualidade. Ainda não cheguei a um grau tão avançado, mas cada vez que me desfaço de tralhas, me sinto mais leve e feliz.

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