
Domingo à tarde tem cara de banzo. O horário anuncia o fim do fim de semana. Traz-nos melancolia. É como ouvir músicas românticas da década de 50. Muitos nem vivemos nessa época, mas sentimos uma doce saudade.
Só que banzo é mais que saudade. É a vontade irrealizável de voltar. Voltar no tempo, voltar a algum lugar, voltar para alguém. Hoje estou de banzo, como meus irmãos africanos. Imagino o tamanho do deles, que remetia a além mar. Mas cada um tem o seu, do jeito que lhe cabe, do tamanho do seu viver. Banzo é assim: merece respeito e um pouco de tempo para curti-lo. Afinal, banzo não é vazio. É repleto de significado e de memórias.
Pintura de Isabelle Vittal
Lindo, Creusa! Por muitas vezes sentimos essa vontade de voltar no tempo para algum lugar ou alguma situação onde a memória mantém intactas coisas cheias de significados. E isso é bom.
ResponderExcluirParabéns pela postagem. Beijos
E domingo à tarde, Lídice, é um momento propício para senti-lo. Quando vc se entrega, até que fica gostoso. Mas quando o banzo bate e vc resiste...é triste. Bjos.
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