segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Fãs homenageiam Madonna

Pegando carona no clipe Celebration, fãs homenageiam a Rainha do Pop, com humor, course.

domingo, 24 de outubro de 2010

NOSSAS PRAÇAS, NOSSA HISTÓRIA

Para um domingo, hoje o dia foi bem diferente do habitual. A idéia partiu da pesquisa para a Feira de Conhecimentos da escola onde minha filha estuda. O tema desse ano é "Os Pontos Turísticos do Recife".  Ao conversar com a professora, percebi que minha cria já havia se empolgado bastante e foi logo adiantando que o pai tinha mapas, que ela já conhecia o Forte das Cinco Pontas, etc. 


Com o elogio da professora, tive o estalo de fazermos uma pesquisa in loco. E assim foi. O que eu ainda não tinha imaginado é que o passeio também renderia matéria para o Afrodite. Pois bem. Iniciamos pelo Marco Zero, local de onde partem as distâncias para todas as terras de Pernambuco. E lá, num largo enorme à margem do Atlântico, estavam turistas, famílias, skatistas e ciclistas.


Mais adiante, bem no meio dos arrecifes, pode-se passear pelo parque de esculturas de Francisco Brennand, que tem como atração principal a polêmica Coluna de Cristal, um obelisco de 32 metros de altura, feito de argila e bronze. Inaugurada em 2000, foi mote de várias páginas nos jornais locais. Quem quiser chegar mais perto, tem passeio de barquinho até lá. E vale a pena conferir.


Depois veio a Rua da Moeda e seus casarios, onde aos domingos à tarde rola uma feirinha de artesanatos e comidas típicas. Opção da galera mais descolada.


O que me encantou mesmo foi a Praça da República, quase no centro da cidade, arrodeada pelo Palácio do Governo, Teatro Santa Isabel (160 anos) e pelo Palácio da Justiça. Afora tanta formalidade junta, a Praça em si é uma delícia. A impressão de ser um local esquisito e inseguro foi logo quebrada ao nos aproximarmos, vendo um monte de adultos e crianças curtindo o espaço ao ar livre.


Situada onde Maurício de Nassau, Governador do Brasil Holandês, ergueu, em 1642, o Palácio de Friburgo, infelizmente demolido em 1769. Lá também funcionou o primeiro horto zoobotânico do Brasil. Idealizada pelo naturalista francês Émile Béranjer, em 1875, os 23 mil metros quadrados foram remodelados por  Burle Marx em 1936. 


Lá, o centenário Baobá rouba a cena. Todos querem chegar junto. Alguns mais desprendidos até o abraçam - principalmente as crianças. Pudera, aquele barrigão é mesmo convidativo.
A fonte ao centro, com peixinhos no lago (um tantinho sujo, é verdade), as palmeiras imperiais, e as esculturas das deusas romanas (só não protesto pela ausência da Afrodite, porque ela é grega), tudo isso regado pelo sol, pelo clima de descontração que o próprio passeio já tem, trouxe relaxamento e um maior interesse pelo local onde vivo.


O cotidiano realmente nos rouba as mais belas lentes. E só quando damos uma pausa específica é que percebemos o quanto elas - as mais belas lentes - nos trazem mais sentido à vida. Visitem suas praças! 






sexta-feira, 22 de outubro de 2010

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Praia de Muro Alto

Quando o verão chega, a melhor opção é tirar o mofo, se besuntar com um bom protetor e se expor ao sol e ao mar. E o litoral nordestino, que nos perdoem a falta de modéstia, é o melhor para isso. As águas mornas, privilegiadas por umas simpáticas correntezas, tornam quase irresistível o mergulho.


Domingo passado foi o dia de conhecer um novo destino: a Praia de Muro Alto, litoral sul pernambucano, a 54 km do Recife.Uma barreira de arrecifes, com altura de 3 metros, separa o alto mar, criando assim uma mega piscina natural com extensão de 3 km. Ideal para crianças, pois não tem uma marolinha sequer. Ideal também para os pais, que querem e precisam relaxar, pois a praia ainda é tranqüila e nativa.

Lá é possível passear de jangadas e caiaques. Quem quiser ficar nas mesinhas, há uns barraqueiros - ainda poucos, graças a Deus - servindo bebidas e petiscos. Mas tem que petiscar se quiser sentar. Já quem é mais da turma da caixa térmica e dos lanchinhos preparados, vale a pena organizar de casa e levar. Sai mais em conta.


As referências que recebi indicavam uma praia com água cristalina, onde se vêem facilmente os peixinhos. Assim também li em todos os textos que pesquisei no São Google. Mas ao vivo não tive a mesma sorte, pois fui justamente quando uma mancha tomou conta daquele litoral, turvando a água e sujando o ambiente. Nada que inviabilizasse o mergulho e o passeio. Ainda assim foi paradisíaco. Não vimos peixinhos, mas tivemos a simpática companhia de uma Maria farinha.


O acesso, de carro, é feito por estrada asfaltada a partir do Posto da Polícia Rodoviária na PE 09. É preciso ficar atento às placas indicativas pois acho que a verba para a tinta deve ter acabado. A leitura do que está escrito é quase adivinhação.


Outro empecilho é a especulação imobiliária e hoteleira desse litoral. À revelia das autoridades, tem se dado praticamente a privatização dessas praias e o acesso às mesmas é um jogo de paciência. Muita gente já deixa de ir porque acha que é praia privada (?!?!?!). E essa idéia está tomando um padrão de normalidade preocupante.


Atravessado o paredão de uns quatro ou cinco resorts, você consegue chegar a uma rua que dá acesso, finalmente, à praia, que é bem público. E aí, após forrar sua canga, tomar aquela cervejinha, dar seu mergulho restaurador e ver sua criança feliz da vida, livre, leve e solta, você esquece de todas essas mazelas e agradece a Deus por um dia tão maravilhoso. Afrodite recomenda.

sábado, 9 de outubro de 2010

Quando o vazio bate à porta

Não é proposta do Afrodite cultivar baixo astral e muito menos deprê. Ao contrário disso, nossa proposta é falar sobre estratégias encontradas no dia a dia como alternativa aos momentos de desânimo que, sendo você mortal, dia ou outro recebe sem ter convidado.

Assim ando ultimamente. Procurando um significado mais profundo para os meus dias. Isso é ruim e isso é bom. Ruim porque denota que algumas coisas não estão me preenchendo como deveriam. E bom, justamente por isso. Prova que permaneço inquieta.

E já que ainda não posso pegar um avião e ir andar sem destino em Paris, como minha imaginação gostaria, trago o olhar para perto e vejo o que posso fazer com o que tenho em mãos. Sei que é tipo "Complexo de Polyana" mesmo, mas ajudaria fazer o contrário?

Hoje me besuntei toda de filtro solar e voilá! Fui ao zoológico com minha pequena. Com poucos reais, água e suco na mochila, vimos lontras nadadoras, ursos, camelos, leão, aves exóticas, serpentes variadas e mais um monte da bicharada. Comemos pastel, batata frita, e tomamos picolé de chocolate e morango. De quebra, após um almoço regenerador e um relax à sombra de casa, pegamos uns filmes na locadora.
Para mim, escolhi um que a rotina não me deixou ver no cinema: Julie & Julia, meio comédia, meio romance, meio drama. E por isso mesmo, baseado em fatos reais. Com Meryl Streep fazendo Julia Child, uma mulher apaixonada pela cultura francesa e que estudou gastronomia e batalhou para lançar seu livro de culinária, tornando-se extremamente popular nos Estados Unidos.

Paralela a essa história (com "h" mesmo), que se passou na década de 40, vive atualmente Julie Powell, uma funcionária pública que acaba de completar 30 anos e se encontra frustrada com sua vida profissional. Ou seja, o vazio também bateu à sua porta. Entediada, ela procura algo que a preencha, quando percebe que escrever um blog seria uma alternativa, já que abandonou seu sonho de ser escritora.

Como gosta de cozinhar nas horas vagas, resolve lançar um desafio a si própria: realizar as mais de 400 receitas do livro de Julia, em um ano, narrando sua experiência em seu blog. O desfecho é muito tocante, e como não gosto que me contem final de filme, quem se interessar que assista.

Fechando a linha de raciocínio, entendi que a Julie faz exatamente o que tento fazer, eu e zilhões de habitantes do planeta. Encontrar algo que nos traga motivação e sentido para o nosso dia a dia que tende a ser igual a ontem, a anteontem e a amanhã. A diferença, como sempre, dependerá de nós. E essa é uma das razões do Afrodite...