
Domingo à tarde tem cara de banzo. O horário anuncia o fim do fim de semana. Traz-nos melancolia. É como ouvir músicas românticas da década de 50. Muitos nem vivemos nessa época, mas sentimos uma doce saudade.
Só que banzo é mais que saudade. É a vontade irrealizável de voltar. Voltar no tempo, voltar a algum lugar, voltar para alguém. Hoje estou de banzo, como meus irmãos africanos. Imagino o tamanho do deles, que remetia a além mar. Mas cada um tem o seu, do jeito que lhe cabe, do tamanho do seu viver. Banzo é assim: merece respeito e um pouco de tempo para curti-lo. Afinal, banzo não é vazio. É repleto de significado e de memórias.
Pintura de Isabelle Vittal