
Acredito que todos precisamos de ao menos um referencial. Aquela pessoa que nos serve de exemplo e inspiração. Quem admiramos. Quando por exemplo pensamos: "Quando eu crescer, quero ser igual a ela". Pois bem, ao meu rol de referencial inspirador adicionei uma pessoa de 79 anos, viúva, e que fala de si assim: "Chego aos 79 anos saudável, íntegra o quanto se pode ser nessa idade, ativa, ainda entusiasmada e motivada a procurar novos projetos, novas atividades."
Essa é a vovó Neuza, que se reinventa a cada dia e que, como ela mesmo fala, tem uma idade cronológica, uma fisiológica, uma mental, uma cultural e outra comportamental. Uma camaleoa, assim mesmo.
Como não admirar essa pessoa que alterna a cabeça entre Platão, Sócrates e providenciar o suprimento de sabão, papel higiênico e arroz, mantendo-se com benefício do INSS e trabalho diário na cidade de São Paulo?

Em entrevista ao Jornal da Tarde, ela falou: “Escrever virou hábito há 13 anos. Cataloguei a minha vida, fiz oito árvores genealógicas da minha família... Frequentei museus, fui a óperas, teatro, cinema, exposições. Me formei em 1951 em História Natural, que depois recebeu o nome de Biologia. Dei aula durante 30 anos, não parei nem depois de aposentada.”
Daí fiquei pensando... Quando crescer, quero ser muito parecida com ela... (agora vou para a esteira e depois para a leitura, que o futuro começa AGORA!).
Nenhum comentário:
Postar um comentário